terça-feira, 19 de abril de 2011

Gabarito:

Atividades Aula 1- Condições para a qualidade

1. Analisando as políticas voltadas para a infância brasileira, o que você percebe que é declarado, mas não é realizado?

R: A partir do conhecimento vivenciado ou até mesmo lido em jornais/ revistas, o aluno deverá citar, pelo menos, uma política voltada para a infância que tenha sido declarada, mas não realizada. Dois exemplos possíveis: a exigência de formação em nível superior para os educadores que atuam em creches/pré-escolas; vagas disponíveis em creches para crianças cujas famílias são de origem socioeconômica baixa.

2-.Justifique a importância do aperfeiçoamento/atualização para os profissio-nais da Educação Infantil.
R:. É possível justificarmos esta importância a partir de dois aspectos: o primeiro é referente à necessidade de se ter um nivelamento de conhecimentos entre profissionais com diferentes níveis de formação; e, o segundo aspecto é com relação ao acompanhamento contínuo derevisões teóricas e de mudanças que ocorrem no mundo social.


Atividades Aula 2- Indicadores da qualidade

1. Por que as creches com modelos organizativos muito rígidos tendem a ex-cluir as famílias?
R: Porque é difícil para as famílias em geral, e em especial, para as famílias de origem
socioeconômica baixa conseguirem cumprir algumas das exigências impostas pela creche. Como exemplo de critérios rígidos, podemos citar: a inflexibilidade de horários de entrada e saída das crianças e a exigência de uniformes e materiais.

2. Por que “o ponto de vista dos pais” é considerado um indicador de qualidade?
R: Porque não podemos dizer que uma determinada instituição de Educação Infantil tem qualidade se ela não trabalha de forma efetiva asua relação com os pais das crianças, que apesar de ser uma relação complexa é fundamental para o desenvolvimento de um projeto pedagógico.

Atividades Aula 3- A ideia de infância e a sua escola

1.   De forma sucinta, descreva as três identidades da criança identificadas por Franco Frabboni.
R:       Primeira: a criança-adulto ou infância negada. Período em que não existia um sentimento de infância, isto é, não havia uma consciência da particularidade infantil. Segunda: a criança-filho-aluno ou a infância institucionalizada. A criança torna-se centro de atenção das famílias e há umapreocupação com o seu futuro, porém, a educação passa a ser de responsa-bilidade das escolas que por sua vez, tinham regimes disciplinares rígidos.Terceira: a criança-sujeito social, sujeito de direitos. A criança passa a ser con-siderada em seus direitos infantis, porém a realidade ainda nos mostra queexistem diferentes infâncias e que isso reflete nesses direitos.

2.   Com quais diferentes infâncias você convive?
R:   O aluno deverá analisar a sua realidade e verificar se onde ele vive existemcrianças pertencentes a famílias com nível socioeconômico alto que brinca eestuda; se há crianças que ajudam na renda familiar e que por isso nem sem-pre podem estudar também; se na cidade infelizmente ainda encontram-secrianças pedindo esmolas e ou ainda, se existem crianças que trabalham aju-dando seus pais e assim, aprendendo uma profissão.

Atividades Aula 4-A história das creches

1. Entre as experiências pioneiras na Europa e nos EUA, que foram citadas nestaaula, escolha as três que você achou mais interessante e as descreva.
R:   O aluno irá escolher três das seguintes experiências: Escola do Tricô, fundadaem 1767 pelo Padre Oberlin, na França. Estava voltada ao atendimento decrianças a partir de dois anos de idade e atendia filhos de pais trabalhado-res e que não tinham onde deixá-las durante o horário do trabalho. A Esco-la Infantil, criada na Escócia por Robert Owen, que se preocupava com ascondições de vida dos seus empregados, uma vez que alguns deles tinhamapenas seis anos de idade. Fröbel, na Alemanha, criou os Jardins de Infânciaque tinha uma visão única sobre a natureza da infância. Na Itália, Maria Mon-tessori criou para filhos de operários a Casa dei Bambini e, na Inglaterra, asirmãs MacMillan organizaram um programa de atendimento às crianças quelevavam uma vida pouco saudável.

2.   O que era a Teoria da Privação Cultural?
R:   A Teoria da Privação Cultural, ou também chamada de Educação Compen-satória, baseava-se na ideia de que só a criança de classe média poderia serconsiderada como modelo. Como consequência, as crianças de origem eco-nômica e social mais baixa, eram vistas como “carentes”, “inferiores” e porta-doras de uma privação cultural. A solução para esse “mal” seria a EducaçãoCompensatória, que passaria a ser oferecida nas creches/pré-escolas. 

Atividades Aula 5- A organização do espaço na Educação Infantil – I

1.   Por que a organização do espaço físico na Educação Infantil é tão importante?
R: Porque ao influenciar o comportamento das pessoas, define como o educador i rá organizar os ambientes de acordo com os objetivos que ele pretende atingir. É possível perceber traços de uma proposta pedagógica através da organização dos espaços.

2. Segundo a educadora Lina Iglesias Forneiro, para a organização dos espa-ços na creche/pré-escola leva-se em consideração dois aspectos: os ele-mentos contextuais e os elementos pessoais. Como cada um deles pode ser subdividido?
R: Elementos contextuais: o ambiente, a escola e a sala de aula. Elementos pes-soais: as crianças e os professores.

3.   Como deve ser feita a decoração da sala de aula?
R:  A sala de aula deve ser decorada de tal forma que eduque a sensibilidadeestética das crianças. Isto é, a decoração deve ser compreendida como con-teúdo de aprendizagem, através da harmonia das cores, das formas, e dosentido que existirá naqueles materiais e objetos para as crianças.

Atividades Aula 6- A organização do espaço na Educação Infantil – II

1. Quais são os principais critérios para a organização dos espaços da sala deaula?
R: Os principais critérios são: estruturação por áreas, delimitação clara das áreas, transformação ou conversibilidade, favorecimento da autonomia da criança, segurança, diversidade, polivalência, sensibilidade estética e pluralidade.

2. Espaços semiabertos – as crianças gostam de ficar em subgrupos e preferemos ambientes delimitados e com divisões baixas. Interagem com as outrascrianças e procuram os adultos para solicitar algum apoio. Espaços abertos:as interações entre crianças são raras e elas tendem a permanecer em voltado adulto, porém com pouca interação com ele. Espaço fechado: as crianças temem ficar em lugares onde não conseguem ver o adulto, assim, optam por ficar ao seu redor. Quase não há interação com outras crianças. 
R: Através de pesquisas, verificou-se que as interações entre crianças podemvariar de acordo com os tipos de arranjos espaciais. Descreva, de forma su-cinta, como as crianças costumam reagir quando a sala está organizada emespaços semiabertos, abertos e fechados.

Atividades Aula 7- A rotina na Educação Infantil

1.   Por que a rotina é importante para a criança?
R: A rotina diária é importante para a criança porque sabemos que ela é capaz de se situar no tempo e no espaço, e assim, poderá distinguir os diferentes momentos que acontecem na creche/pré-escola. Quando há em uma instituição educacional a estrutura de uma rotina, a criança pode se apropriardesse conhecimento e participar mais ativamente das atividades, isto é, elapode dar sugestões, propor mudanças, esperar e se organizar para o inícioda atividade etc. Isso significa que uma rotina adequada auxilia no desenvolvimento infantil, permitindo que ela estruture sua independência, sua autonomia e estimula a socialização.

2. No livro Creches: crianças, faz de conta & cia, os autores organizam as atividades que são desenvolvidas durante o dia na creche/pré-escola em quatrogrupos. Diga quais são esses grupos e explique de forma sucinta cada umdeles.
R: Os quatro grupos são:
atividades de organização coletiva: são os momentos de atividades orga-nizados coletivamente e acontecem de forma diferente de acordo com afaixa etária das crianças. Para as menores, a interferência do adulto é fun-damental, pois, é ele quem deve planejar as atividades que serão desen-volvidas e organizar o ambiente de forma adequada. Já as crianças maio-res podem participar e interferir na organização das atividades coletivas e,em muitos casos, atuar diretamente, assumindo funções que geralmentesó os adultos fazem.atividades de cuidado pessoal: trata-se da não divisão entre cuidar e edu-car. É fundamental compreendermos que todas as atividades voltadas aocuidado das crianças são também atividades pedagógicas/educativas.
atividades dirigidas: são as atividades em que é responsabilidade do pro-fessor definir e encaminhar o seu desenvolvimento. À medida que aumen-ta a idade das crianças, aumenta também a possibilidade de atividadesdirigidas e a porcentagem de tempo voltada para a sua realização.atividades livres: não devem ser compreendidas como atividades em quenão há interferência do professor.Trata-se de momentos pré-estabelecidosno planejamento do professor, isto é, pensados e preparados previamentepor ele. As atividades livres devem fazer parte da programação diária dascrianças que frequentam creches/pré-escolas.

Atividades Aula 8- Elaboração da proposta pedagógica:  Diretrizes Curriculares Nacionais

1.   O que é uma proposta pedagógica?
R: Segundo a educadora Sonia Kramer, a proposta pedagógica é um convite,um desafio, uma aposta. Uma aposta, porque sendo ou não parte de umapolítica pública, contém sempre um projeto político de sociedade e um con-ceito de cidadania, de educação e cultura. É um caminho a ser construído e,portanto, contém valores e subjetividade, o que a torna sempre única.

2.   Com base nas orientações do MEC, como deve ser a estrutura básica de uma proposta pedagógica?
R: Em uma sugestão de modelo de roteiro elaborado pelo MEC, uma propos-ta pedagógica deve ter as seguintes partes: as condições de produção do documento; os fundamentos teóricos das propostas; a estrutura, organiza-ção e funcionamento da Educação Infantil, a política de valorização e pro-fissionalização dos recursos humanos e também a articulação com outrasinstâncias educacionais e culturais.

Atividades Aula 9- Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

1.   Explique o que é o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.
R: Trata-se de um documento elaborado pelo Ministério da Educação (MEC)em 1998, como material de referência para a estruturação de currículo daEducação Infantil em todo o território brasileiro.

2.   Como foi estruturado o Referencial?
R: O Referencial foi organizado em três volumes: o primeiro, denominado “In-trodução”, o segundo, intitulado“Formação Pessoal e Social” e o terceiro, chamado de “Conhecimento de Mundo”.

3.   Segundo o Referencial, como deve ser o professor da Educação Infantil?
R: O professor deve estar comprometido com a prática educacional para queele possa responder de forma satisfatória às demandas das famílias e dascrianças. Precisa também ser capaz de trabalhar com questões específicasrelativas aos cuidados e aprendizagens infantis. Para que isso aconteça, énecessário que o professor tenha uma formação inicial sólida e consistente,acompanhada de adequada e permanente atualização em serviço.

Atividades Aula 10- O planejamento das atividades na Educação Infantil

1.   Como deve ser entendido o planejamento na Educação Infantil?
R: O planejamento na Educação Infantil é um instrumento que auxilia na ordena-ção e na organização de um ensino de qualidade. É uma reflexão sobre o que se pretende, sobre como se faz e como se avalia. O planejamento não pode ser considerado como uma rotina que precisa ser elaborada e seguida estritamente, sem poder ser alterada. Também não deve ser considerado como algo meramente formal, que se elabora e depois, guarda-se na gaveta.

2.   O planejamento de uma forma simplificada envolve três fases. Quais são estas fases?
R: As fases são: previsão, realização e avaliação. Essas etapas não precisam ocor-rer separadamente; elas podem acontecer simultaneamente ou não.

3. O que é um planejamento participativo? 
R: É quando o planejamento envolve direção, coordenação, professores, fun-cionários, pais e alunos. Isso faz com que todos se sintam responsáveis e,portanto, ativos, no processo de realização e avaliação.

Atividades Aula 11- O trabalho com projetos

1.   O que significa trabalhar com projetos?
R: Significa que o professor quer desenvolver com seus alunos estudos em pro-fundidade. Estes trabalhos poderão ser realizados por pequenos grupos decrianças. Trata-se de uma forma de trabalhar que envolve diferentes conteú-dos e que costuma ser organizado em torno de um tema.

2.   Escreva alguns dos objetivos do trabalho com projetos.
R: Ajudar as crianças a encontrarem um sentido mais profundo e completo dosacontecimentos do seu próprio ambiente e das experiências que mereçam asua atenção.Durante o desenvolvimento de um projeto as crianças vão ser encorajadasa tomarem suas próprias decisões e a fazerem suas próprias escolhas sobrea realização de um trabalho, sempre em interação/cooperação com os seuscolegas e professores, havendo um compartilhar de conhecimentos e des-cobertas. Além disso, o trabalho com projetos reforça na criança a sua auto-estima, uma vez que ela passa a acreditar na sua capacidade de pensar, con-cluir e criar, além de estimular o seu desejo de aprender cada vez mais.

Atividades Aula 12- A inserção da criança na creche

1.   Por que a autora utilizou a palavra “inserção” e não “adaptação”?
R: Porque a palavra adaptação está ligada ao sentido de acomodação, ajusta-mento, isto é, aceitação e submissão. Esses conceitos não combinam comeducação e, por isso, é preferível falarmos em inserção, já que é o momentoem que a criança vai se inserir em um novo ambiente educacional.

2.   Como propiciar a inserção da criança na creche/pré-escola?
R: A melhor forma de inserir uma criança na creche/pré-escola é através de umsistema gradativo. Isto é, a família ficará junto à criança na creche durantealgumas horas e irá gradativamente, diminuindo a quantidade de tempo.

Atividades Aula 13- Jogos e brincadeiras

1. Explique por que brincar é tão importante para a criança pequena.
R: Porque a brincadeira é um espaço privilegiado de aprendizagem. É tambémum espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesmae sobre o mundo. Brincar é uma forma de a criança exercitar sua imagina-ção e a imaginação é uma forma que permite às crianças relacionarem seusinteresses e suas necessidades com a realidade de um mundo que poucoconhecem.

2. De uma forma sucinta explique o papel do professor com relação aos jogose brincadeiras na Educação Infantil.
R: O professor que compreender a importância dos jogos e das brincadeiras nodesenvolvimento infantil irá elaborar propostas de trabalho que incorporematividades lúdicas. É preciso porém, que o professor procure sempre estabe-lecer para si mesmo, qual será o seu papel, sua função, enquanto as criançasbrincam. A intervenção do professor deve se dar no sentido de mediar pos-síveis conflitos, de abrir e socializar os espaços e os objetos de uso comum,de estimular a entrada de novas crianças em um jogo, ou como árbitro dasregras acordadas.

Atividades Aula 14- A disciplina na Educação Infantil

1.   No que o professor precisa pensar para trabalhar a disciplina na Educação Infantil?
R: É preciso que o professor primeiramente, pense na idade específica das crianças, quais são as suas capacidades e como ele pretende organizar as atividades que deseja realizar. Também é importante que o professor defina algumas regras de convivência com as crianças.


2.   É possível definirmos limites para crianças pequenas? Como fazê-lo?
R: Sim, é possível definirmos para as crianças – mesmo que pequenas –, o queela pode e o que não pode fazer de acordo com a situação (é bom lembrarque a criança deve ter possibilidade de cumprir tais limites). Porém, não háuma receita a ser seguida; mas, bom senso, equilíbrio, segurança e clarezasão fundamentais na hora de explicarmos para a criança os limites e os mo-tivos pelos quais permite-se ou não uma determinada coisa.

Atividades Aula 15- As políticas de formação de professores para a Educação Infantil

1.   O que diz a LDB sobre a formação de professores da Educação Infantil?
R: A LDB em seu artigo 62 determina que “A formação de docentes para atuarna educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, degraduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, ad-mitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educaçãoinfantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida emnível médio, na modalidade Normal”. Já no artigo 87, § 4.º, nas DisposiçõesTransitórias, a LDB diz: “até o fim da década da Educação somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treina-mento em serviço”.

2. Em dezembro de 1997, o MEC apresenta para discussão com a comunidade educacional um documento sobre a formação de professores. Qual é essedocumento e sobre o que ele trata? 
R: O documento em questão foi intitulado de “Referencial Pedagógico-Curricular para a Formação de Professores da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental”. Foi organizado em quatro partes com as seguintes abordagens: análise da situação atual da formação de professores; repensar a formação de professores; delineamento de uma proposta de referencialpedagógico-curricular para a formação inicial de professores e critérios paraa organização institucional e curricular da formação de professores.


Atividades Aula 16- A formação do professor

1.   Por que o autor do livro A Arte de Formar-se, João Batista Libanio, escolheu o verbo formar-se?
R: O autor explica que no termo“forma” ou“fôrma”, está implícito que existe ummolde anterior a ser aplicado ao aluno. Assim, ele tentou corrigir um poucoesta carga etimológica da palavra formar, transformando-a em “formar-se”.Segundo ele, o pronome reflexivo se, ajuda a acabar com a ideia de passivi-dade. Formar-se é, portanto, um processo educativo que está nas mãos dopróprio formando, que respeita a sua singularidade e que busca ampliar assuas qualidades na intenção de transformar a sociedade em que vive.

2.   Quais são os quatro pilares da formação apresentados pela Unesco no relatório de J. Delors e os seus significados?
R: Os quatro pilares são:aprender a conhecer e a pensar: significa formar uma inteligência crítica,bem-estruturada e não apenas ter um grande número de informações;aprender a fazer: o processo de aprender a conhecer e a pensar implicaem consequências práticas, isto é, é preciso saber fazer;
aprender a conviver com os outros: é a superação do individualismo, odeclínio da violência e dos conflitos, permitindo vivermos juntos;aprender a ser: é a mais difícil tarefa educativa; implica uma concepção in-tegral do ser humano e o desenvolvimento de todas as suas dimensões.

Atividades Aula 17- A participação da família

1. Por que na Educação Infantil a participação da família é um aspecto muito importante, mas também bastante difícil?
R: A  participação  da  família  é  importante  primeiramente  porque  para  essafaixa etária das crianças o contato entre pais, mães e professores costumaser mais frequente. Esse relacionamento é fundamental para o desenvolvi-mento infantil e para a evolução da imagem das instituições de Educação Infantil. Ao mesmo tempo, trata-se de uma relação que envolve a tarefa de educar uma mesma criança de forma compartilhada e a partir de contextostão diferentes como a casa e a creche; isso acaba, de uma maneira geral,por gerar dificuldades e conflitos.

2.   Escreva a respeito de algumas formas de trabalho da creche com a família.
R: Existem diferentes formas de se trabalhar com as famílias das crianças. Podemos dizer que há formas individuais e coletivas. Individualmente podemos realizar entrevistas com os pais antes da inserção da criança na instituição; podemos ter contatos informais no dia a dia da creche; além de organizarmos entrevistas previamente solicitadas, seja pela creche, seja pela família. Já de forma coletiva, os pais podem participar de reuniões e palestras; participar dos Conselhos ou Associações; podem conhecer melhor o trabalho da creche através da leitura de murais; participando das festas e de projetos especiais.

Atividades Aula 18- A gestão social

1.   O que é gestão social?
R: É quando um grupo de pessoas torna-se responsável pela condução dosserviços oferecidos em uma determinada instituição. No caso das creches epré-escolas trata-se da participação mais direta dos pais, dos profissionais eda comunidade na administração dessas instituições. A gestão social é umaconcepção de prática educacional, é um valor ético que envolve todos osaspectos da experiência educativa que valoriza uma intensa relação comu-nicativa entre educadores, pais e sociedade.

2.   Por que trabalhar com gestão social?
R: Apesar de ser possível ser feita gestão social em instituições privadas, o maiscomum é elas acontecerem em instituições públicas, principalmente devido aos aspectos financeiros. Através da gestão social, isto é, trabalhando de forma participativa, é maior a possibilidade de oferecer serviços mais adequados às necessidades das famílias, dos educadores e dos cidadãos em geral. Também, com o envolvimento de todos, em especial da comunidade, cria-se um reconhecimento social, ou seja, a creche/pré-escola é vista como parte essencial da vida daquelas famílias e como resposta positiva às suas expectativas.

Atividades Aula 19- Educação de crianças com necessidades especiais

1. Como o professor deve elaborar um projeto integrado que esteja voltadoespecificamente para as crianças com necessidades especiais?
R: Para que o projeto seja realmente integrado, o professor precisa elaborá-lodentro da programação normal. Esse projeto visa ao alcance da autonomiae da identidade da criança e sua aquisição de competências nos setores mo-tor, perceptivo, linguístico e intelectual. A implantação do projeto acontece-rá por meio da organização prévia de metodologias específicas e estratégiasque permitem a individualização dos percursos educativos.

2. As educadoras italianas Bonfiglioli e Volpicella falam que “a solução dos problemas de inclusão de uma criança com necessidades especiais exige umadupla reestruturação: organizativo-estrutural e pedagógico-didática”.  Expli-que esta proposta.
R: A reestruturação de ordem organizativo-estrutural requer que a instituiçãode Educação Infantil tenha equipamentos adequados para que a criançapossa ter uma boa ambientação; que estabeleça relações com as instituiçõessociais e de saúde da região para planejar um trabalho “contínuo”; que estabeleça relações com as famílias a fim de ajudá-las e apoiá-las na educação;e que torne flexíveis os tempos e os espaços de trabalho para que haja umadiversificação das intervenções educativas e de reabilitação. Para a rees-truturação pedagógico-didática, o fundamental é que a creche/pré-escolaconsiga desenvolver um projeto integrado, e para isso é preciso que sejamprevistos momentos de entrosamento entre família, professores de turmas,professores de apoio, profissionais especializados, dirigentes escolares, pes-soal não docente e pessoal auxiliar.

Atividades Aula 20-  Transformação da prática pedagógica

1. Quais foram os temas selecionados como fundamentais na prática de umprofessor de Educação Infantil?
R: A indissociabilidade do educar e do cuidar; a organização do espaço físico; a fun-ção do professor; a compreensão do papel da família na educação das crianças pequenas; a formação do professor e a necessidade de se ter muito mais.

2. Com relação à organização do espaço físico, quais são os pontos que preci-sam ser ressaltados como essenciais nas propostas de Educação Infantil?
R: As diferentes formas de se pensar os espaços externos das creches/pré-escolas; a estruturação da sala de aula (que permitam à criança escolher suas ativida-des ou se ela quer trabalhar sozinha ou em grupo etc.); atenção e cuidado com a decoração da sala de aula (evitar desenhos de personagens que as criançasjá conhecem); e as janelas da sala de aula (permitir que as crianças vejam o que se passa fora da sala).
 

Gabarito da apostila: Cultura da infância


Atividades Aula 1 Condições para a qualidade

1. Analisando as políticas voltadas para a infância brasileira, o que você percebe que é declarado, mas não é realizado?

R: A partir do conhecimento vivenciado ou até mesmo lido em jornais/ revistas, o aluno deverá citar, pelo menos, uma política voltada para a infância que tenha sido declarada, mas não realizada. Dois exemplos possíveis: a exigência de formação em nível superior para os educadores que atuam em creches/pré-escolas; vagas disponíveis em creches para crianças cujas famílias são de origem socioeconômica baixa.

2-.Justifique a importância do
aperfeiçoamento/atualização para os profissio-
nais da Educação Infantil.

R:. É possível justificarmos esta importância a partir de dois aspectos: o primeiro é referente à necessidade de se ter um nivelamento de conhecimentos entre profissionais com diferentes níveis de formação; e, o segundo aspecto é com relação ao acompanhamento contínuo de
revisões teóricas e de mudanças que ocorrem no mundo social.



Atividades Aula 2 Indicadores da qualidade

1. Por que as creches com modelos organizativos muito rígidos tendem a ex-
cluir as famílias?

R: Porque é difícil para as famílias em geral, e em especial, para as famílias de origem socioeconômica baixa conseguirem cumprir algumas das exigências impostas pela creche. Como exemplo de critérios rígidos, podemos citar: a inflexibilidade de horários de entrada e saída das crianças e a exigência de uniformes e materiais.

2. Por que “o ponto de vista dos pais” é considerado um indicador de qualidade?

R: Porque não podemos dizer que uma determinada instituição de Educação Infantil tem qualidade se ela não trabalha de forma efetiva a
sua relação com os pais das crianças, que apesar de ser uma relação complexa é fundamental para o desenvolvimento de um projeto pedagógico.

Atividades Aula 3 A ideia de infância e a sua escola

1.   De forma sucinta, descreva as três identidades da criança identificadas por Franco Frabboni.

R:       Primeira: a criança-adulto ou infância negada. Período em que não existia um sentimento de infância, isto é, não havia uma consciência da particularidade infantil. Segunda: a criança-filho-aluno ou a infância institucionalizada. A criança torna-se centro de atenção das famílias e há uma
preocupação com o seu futuro, porém, a educação passa a ser de responsa-
bilidade das escolas que por sua vez, tinham regimes disciplinares rígidos.
Terceira: a criança-sujeito social, sujeito de direitos. A criança passa a ser con-
siderada em seus direitos infantis, porém a realidade ainda nos mostra que
existem diferentes infâncias e que isso reflete nesses direitos.

2.   Com quais diferentes infâncias você convive?

R:   O aluno deverá analisar a sua realidade e verificar se onde ele vive existem
crianças pertencentes a famílias com nível socioeconômico alto que brinca e
estuda; se há crianças que ajudam na renda familiar e que por isso nem sem-
pre podem estudar também; se na cidade infelizmente ainda encontram-se
crianças pedindo esmolas e ou ainda, se existem crianças que trabalham aju-
dando seus pais e assim, aprendendo uma profissão.

Atividades Aula 4 A história das creches

1. Entre as experiências pioneiras na Europa e nos EUA, que foram citadas nesta
aula, escolha as três que você achou mais interessante e as descreva.

R:   O aluno irá escolher três das seguintes experiências: Escola do Tricô, fundada
em 1767 pelo Padre Oberlin, na França. Estava voltada ao atendimento de
crianças a partir de dois anos de idade e atendia filhos de pais trabalhado-
res e que não tinham onde deixá-las durante o horário do trabalho. A Esco-
la Infantil, criada na Escócia por Robert Owen, que se preocupava com as
condições de vida dos seus empregados, uma vez que alguns deles tinham
apenas seis anos de idade. Fröbel, na Alemanha, criou os Jardins de Infância
que tinha uma visão única sobre a natureza da infância. Na Itália, Maria Mon-
tessori criou para filhos de operários a Casa dei Bambini e, na Inglaterra, as
irmãs MacMillan organizaram um programa de atendimento às crianças que
levavam uma vida pouco saudável.

3.   O que era a Teoria da Privação Cultural?

R:   A Teoria da Privação Cultural, ou também chamada de Educação Compen-
satória, baseava-se na ideia de que só a criança de classe média poderia ser
considerada como modelo. Como consequência, as crianças de origem eco-
nômica e social mais baixa, eram vistas como “carentes”, “inferiores” e porta-
doras de uma privação cultural. A solução para esse “mal” seria a Educação
Compensatória, que passaria a ser oferecida nas creches/pré-escolas. 

Atividades Aula 5 A organização do espaço na Educação Infantil – I

1.   Por que a organização do espaço físico na Educação Infantil é tão importante?

R: Porque ao influenciar o comportamento das pessoas, define como o educador i rá organizar os ambientes de acordo com os objetivos que ele pretende atingir. É possível perceber traços de uma proposta pedagógica através da organização dos espaços.

2. Segundo a educadora Lina Iglesias Forneiro, para a organização dos espa-
ços na creche/pré-escola leva-se em consideração dois aspectos: os ele-
mentos contextuais e os elementos pessoais. Como cada um deles pode
ser subdividido?

R:      Elementos contextuais: o ambiente, a escola e a sala de aula. Elementos pes-
soais: as crianças e os professores.

2.   Como deve ser feita a decoração da sala de aula?

R:      A sala de aula deve ser decorada de tal forma que eduque a sensibilidade
estética das crianças. Isto é, a decoração deve ser compreendida como con-
teúdo de aprendizagem, através da harmonia das cores, das formas, e do
sentido que existirá naqueles materiais e objetos para as crianças.

Atividades Aula 6 A organização do espaço na Educação Infantil – II

1. Quais são os principais critérios para a organização dos espaços da sala de
aula?

R:      Os principais critérios são: estruturação por áreas, delimitação clara das áreas, transformação ou conversibilidade, favorecimento da autonomia da criança, segurança, diversidade, polivalência, sensibilidade estética e pluralidade.

2. Espaços semiabertos – as crianças gostam de ficar em subgrupos e preferem
os ambientes delimitados e com divisões baixas. Interagem com as outras
crianças e procuram os adultos para solicitar algum apoio. Espaços abertos:
as interações entre crianças são raras e elas tendem a permanecer em volta
do adulto, porém com pouca interação com ele. Espaço fechado: as crianças temem ficar em lugares onde não conseguem ver o adulto, assim, optam por ficar ao seu redor. Quase não há interação com outras crianças. 

R:.     Através de pesquisas, verificou-se que as interações entre crianças podem
variar de acordo com os tipos de arranjos espaciais. Descreva, de forma su-
cinta, como as crianças costumam reagir quando a sala está organizada em
espaços semiabertos, abertos e fechados.

Atividades Aula 7 A rotina na Educação Infantil

1.   Por que a rotina é importante para a criança?

R: A rotina diária é importante para a criança porque sabemos que ela é capaz de se situar no tempo e no espaço, e assim, poderá distinguir os diferentes momentos que acontecem na creche/pré-escola. Quando há em uma instituição educacional a estrutura de uma rotina, a criança pode se apropriar
desse conhecimento e participar mais ativamente das atividades, isto é, ela
pode dar sugestões, propor mudanças, esperar e se organizar para o início
da atividade etc. Isso significa que uma rotina adequada auxilia no desenvolvimento infantil, permitindo que ela estruture sua independência, sua autonomia e estimula a socialização.

2. No livro Creches: crianças, faz de conta & cia, os autores organizam as atividades que são desenvolvidas durante o dia na creche/pré-escola em quatro
grupos. Diga quais são esses grupos e explique de forma sucinta cada um
deles.

R: Os quatro grupos são:

atividades de organização coletiva: são os momentos de atividades orga-
nizados coletivamente e acontecem de forma diferente de acordo com a
faixa etária das crianças. Para as menores, a interferência do adulto é fun-
damental, pois, é ele quem deve planejar as atividades que serão desen-
volvidas e organizar o ambiente de forma adequada. Já as crianças maio-
res podem participar e interferir na organização das atividades coletivas e,
em muitos casos, atuar diretamente, assumindo funções que geralmente
só os adultos fazem.
atividades de cuidado pessoal: trata-se da não divisão entre cuidar e edu-
car. É fundamental compreendermos que todas as atividades voltadas ao
cuidado das crianças são também atividades pedagógicas/educativas.

atividades dirigidas: são as atividades em que é responsabilidade do pro-
fessor definir e encaminhar o seu desenvolvimento. À medida que aumen-
ta a idade das crianças, aumenta também a possibilidade de atividades
dirigidas e a porcentagem de tempo voltada para a sua realização.
atividades livres: não devem ser compreendidas como atividades em que
não há interferência do professor.Trata-se de momentos pré-estabelecidos
no planejamento do professor, isto é, pensados e preparados previamente
por ele. As atividades livres devem fazer parte da programação diária das
crianças que frequentam creches/pré-escolas.

Atividades Aula 8 Elaboração da proposta pedagógica: 
Diretrizes Curriculares Nacionais

1.   O que é uma proposta pedagógica?

R: Segundo a educadora Sonia Kramer, a proposta pedagógica é um convite,
um desafio, uma aposta. Uma aposta, porque sendo ou não parte de uma
política pública, contém sempre um projeto político de sociedade e um con-
ceito de cidadania, de educação e cultura. É um caminho a ser construído e,
portanto, contém valores e subjetividade, o que a torna sempre única.

2.   Com base nas orientações do MEC, como deve ser a estrutura básica de uma proposta pedagógica?

R: Em uma sugestão de modelo de roteiro elaborado pelo MEC, uma propos-
ta pedagógica deve ter as seguintes partes: as condições de produção do
documento; os fundamentos teóricos das propostas; a estrutura, organiza-
ção e funcionamento da Educação Infantil, a política de valorização e pro-
fissionalização dos recursos humanos e também a articulação com outras
instâncias educacionais e culturais.

Atividades Aula 9 Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

1.   Explique o que é o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.

R: Trata-se de um documento elaborado pelo Ministério da Educação (MEC)
em 1998, como material de referência para a estruturação de currículo da
Educação Infantil em todo o território brasileiro.

2.   Como foi estruturado o Referencial?

R: O Referencial foi organizado em três volumes: o primeiro, denominado “In-
trodução”, o segundo, intitulado“Formação Pessoal e Social” e o terceiro, chamado de “Conhecimento de Mundo”.

3.   Segundo o Referencial, como deve ser o professor da Educação Infantil?

R: O professor deve estar comprometido com a prática educacional para que
ele possa responder de forma satisfatória às demandas das famílias e das
crianças. Precisa também ser capaz de trabalhar com questões específicas
relativas aos cuidados e aprendizagens infantis. Para que isso aconteça, é
necessário que o professor tenha uma formação inicial sólida e consistente,
acompanhada de adequada e permanente atualização em serviço.

Atividades Aula 10 O planejamento das atividades na Educação Infantil

1.   Como deve ser entendido o planejamento na Educação Infantil?

R: O planejamento na Educação Infantil é um instrumento que auxilia na ordena-
ção e na organização de um ensino de qualidade. É uma reflexão sobre o que se pretende, sobre como se faz e como se avalia. O planejamento não pode ser considerado como uma rotina que precisa ser elaborada e seguida estritamente, sem poder ser alterada. Também não deve ser considerado como algo meramente formal, que se elabora e depois, guarda-se na gaveta.

2.   O planejamento de uma forma simplificada envolve três fases. Quais são estas fases?

R: As fases são: previsão, realização e avaliação. Essas etapas não precisam ocor-
rer separadamente; elas podem acontecer simultaneamente ou não.

3. O que é um planejamento participativo?
R: É quando o planejamento envolve direção, coordenação, professores, fun-
cionários, pais e alunos. Isso faz com que todos se sintam responsáveis e,
portanto, ativos, no processo de realização e avaliação.

Atividades Aula 11 O trabalho com projetos

1.   O que significa trabalhar com projetos?

R: Significa que o professor quer desenvolver com seus alunos estudos em pro-
fundidade. Estes trabalhos poderão ser realizados por pequenos grupos de
crianças. Trata-se de uma forma de trabalhar que envolve diferentes conteú-
dos e que costuma ser organizado em torno de um tema.

2.   Escreva alguns dos objetivos do trabalho com projetos.

R: Ajudar as crianças a encontrarem um sentido mais profundo e completo dos
acontecimentos do seu próprio ambiente e das experiências que mereçam a
sua atenção.
Durante o desenvolvimento de um projeto as crianças vão ser encorajadas
a tomarem suas próprias decisões e a fazerem suas próprias escolhas sobre
a realização de um trabalho, sempre em interação/cooperação com os seus
colegas e professores, havendo um compartilhar de conhecimentos e des-
cobertas. Além disso, o trabalho com projetos reforça na criança a sua auto-
estima, uma vez que ela passa a acreditar na sua capacidade de pensar, con-
cluir e criar, além de estimular o seu desejo de aprender cada vez mais.

Atividades Aula 12 A inserção da criança na creche

1.   Por que a autora utilizou a palavra “inserção” e não “adaptação”?

R: Porque a palavra adaptação está ligada ao sentido de acomodação, ajusta-
mento, isto é, aceitação e submissão. Esses conceitos não combinam com
educação e, por isso, é preferível falarmos em inserção, já que é o momento
em que a criança vai se inserir em um novo ambiente educacional.

2.   Como propiciar a inserção da criança na creche/pré-escola?

R: A melhor forma de inserir uma criança na creche/pré-escola é através de um
sistema gradativo. Isto é, a família ficará junto à criança na creche durante
algumas horas e irá gradativamente, diminuindo a quantidade de tempo.


Atividades Aula 13 Jogos e brincadeiras

1. Explique por que brincar é tão importante para a criança pequena.

R: Porque a brincadeira é um espaço privilegiado de aprendizagem. É também
um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesma
e sobre o mundo. Brincar é uma forma de a criança exercitar sua imagina-
ção e a imaginação é uma forma que permite às crianças relacionarem seus
interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que pouco
conhecem.

2. De uma forma sucinta explique o papel do professor com relação aos jogos
e brincadeiras na Educação Infantil.

R: O professor que compreender a importância dos jogos e das brincadeiras no
desenvolvimento infantil irá elaborar propostas de trabalho que incorporem
atividades lúdicas. É preciso porém, que o professor procure sempre estabe-
lecer para si mesmo, qual será o seu papel, sua função, enquanto as crianças
brincam. A intervenção do professor deve se dar no sentido de mediar pos-
síveis conflitos, de abrir e socializar os espaços e os objetos de uso comum,
de estimular a entrada de novas crianças em um jogo, ou como árbitro das
regras acordadas.

Atividades Aula 14 A disciplina na Educação Infantil

1.   No que o professor precisa pensar para trabalhar a disciplina na Educação Infantil?

R: É preciso que o professor primeiramente, pense na idade específica das crianças, quais são as suas capacidades e como ele pretende organizar as atividades que deseja realizar. Também é importante que o professor defina algumas regras de convivência com as crianças.



2.   É possível definirmos limites para crianças pequenas? Como fazê-lo?

R: Sim, é possível definirmos para as crianças – mesmo que pequenas –, o que
ela pode e o que não pode fazer de acordo com a situação (é bom lembrar
que a criança deve ter possibilidade de cumprir tais limites). Porém, não há
uma receita a ser seguida; mas, bom senso, equilíbrio, segurança e clareza
são fundamentais na hora de explicarmos para a criança os limites e os mo-
tivos pelos quais permite-se ou não uma determinada coisa.

Atividades Aula 15 As políticas de formação de professores para a Educação Infantil

1.   O que diz a LDB sobre a formação de professores da Educação Infantil?

R: A LDB em seu artigo 62 determina que “A formação de docentes para atuar
na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de
graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, ad-
mitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação
infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em
nível médio, na modalidade Normal”. Já no artigo 87, § 4.º, nas Disposições
Transitórias, a LDB diz: “até o fim da década da Educação somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treina-
mento em serviço”.


2. Em dezembro de 1997, o MEC apresenta para discussão com a comunidade educacional um documento sobre a formação de professores. Qual é esse
documento e sobre o que ele trata?
                       
                         R: O documento em questão foi intitulado de “Referencial Pedagógico-Curricular para a Formação de Professores da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental”. Foi organizado em quatro partes com as seguintes abordagens: análise da situação atual da formação de professores; repensar a formação de professores; delineamento de uma proposta de referencial
pedagógico-curricular para a formação inicial de professores e critérios para
a organização institucional e curricular da formação de professores.



Atividades Aula 16 A formação do professor

1.   Por que o autor do livro A Arte de Formar-se, João Batista Libanio, escolheu o verbo formar-se?

R: O autor explica que no termo“forma” ou“fôrma”, está implícito que existe um
molde anterior a ser aplicado ao aluno. Assim, ele tentou corrigir um pouco
esta carga etimológica da palavra formar, transformando-a em “formar-se”.
Segundo ele, o pronome reflexivo se, ajuda a acabar com a ideia de passivi-
dade. Formar-se é, portanto, um processo educativo que está nas mãos do
próprio formando, que respeita a sua singularidade e que busca ampliar as
suas qualidades na intenção de transformar a sociedade em que vive.

2.   Quais são os quatro pilares da formação apresentados pela Unesco no relatório de J. Delors e os seus significados?

R: Os quatro pilares são:
aprender a conhecer e a pensar: significa formar uma inteligência crítica,
bem-estruturada e não apenas ter um grande número de informações;
aprender a fazer: o processo de aprender a conhecer e a pensar implica
em consequências práticas, isto é, é preciso saber fazer;

aprender a conviver com os outros: é a superação do individualismo, o
declínio da violência e dos conflitos, permitindo vivermos juntos;
aprender a ser: é a mais difícil tarefa educativa; implica uma concepção in-
tegral do ser humano e o desenvolvimento de todas as suas dimensões.

Atividades Aula 17 A participação da família

1. Por que na Educação Infantil a participação da família é um aspecto muito[w1] [w2] [w3] [w4] 
importante, mas também bastante difícil?

R: A  participação  da  família  é  importante  primeiramente  porque  para  essa
faixa etária das crianças o contato entre pais, mães e professores costuma
ser mais frequente. Esse relacionamento é fundamental para o desenvolvi-
mento infantil e para a evolução da imagem das instituições de Educação
Infantil. Ao mesmo tempo, trata-se de uma relação que envolve a tarefa de
educar uma mesma criança de forma compartilhada e a partir de contextos
tão diferentes como a casa e a creche; isso acaba, de uma maneira geral,
por gerar dificuldades e conflitos.

3.   Escreva a respeito de algumas formas de trabalho da creche com a família.

R: Existem diferentes formas de se trabalhar com as famílias das crianças. Podemos dizer que há formas individuais e coletivas. Individualmente podemos realizar entrevistas com os pais antes da inserção da criança na instituição; podemos ter contatos informais no dia a dia da creche; além de organizarmos entrevistas previamente solicitadas, seja pela creche, seja pela família. Já de forma coletiva, os pais podem participar de reuniões e palestras; participar dos Conselhos ou Associações; podem conhecer melhor o trabalho da creche através da leitura de murais; participando das festas e de projetos especiais.

Atividades Aula 18 A gestão social

1.   O que é gestão social?

R: É quando um grupo de pessoas torna-se responsável pela condução dos
serviços oferecidos em uma determinada instituição. No caso das creches e
pré-escolas trata-se da participação mais direta dos pais, dos profissionais e
da comunidade na administração dessas instituições. A gestão social é uma
concepção de prática educacional, é um valor ético que envolve todos os
aspectos da experiência educativa que valoriza uma intensa relação comu-
nicativa entre educadores, pais e sociedade.

2.   Por que trabalhar com gestão social?

R: Apesar de ser possível ser feita gestão social em instituições privadas, o mais
comum é elas acontecerem em instituições públicas, principalmente devido
aos aspectos financeiros. Através da gestão social, isto é, trabalhando de forma participativa, é maior a possibilidade de oferecer serviços mais adequados às necessidades das famílias, dos educadores e dos cidadãos em geral. Também, com o envolvimento de todos, em especial da comunidade, cria-se um reconhecimento social, ou seja, a creche/pré-escola é vista como parte essencial da vida daquelas famílias e como resposta positiva às suas expectativas.

Atividades Aula 19 Educação de crianças com necessidades especiais

1. Como o professor deve elaborar um projeto integrado que esteja voltado
especificamente para as crianças com necessidades especiais?

R: Para que o projeto seja realmente integrado, o professor precisa elaborá-lo
dentro da programação normal. Esse projeto visa ao alcance da autonomia
e da identidade da criança e sua aquisição de competências nos setores mo-
tor, perceptivo, linguístico e intelectual. A implantação do projeto acontece-
rá por meio da organização prévia de metodologias específicas e estratégias
que permitem a individualização dos percursos educativos.

2. As educadoras italianas Bonfiglioli e Volpicella falam que “a solução dos problemas de inclusão de uma criança com necessidades especiais exige uma
dupla reestruturação: organizativo-estrutural e pedagógico-didática”.  Expli-
que esta proposta.

R: A reestruturação de ordem organizativo-estrutural requer que a instituição
de Educação Infantil tenha equipamentos adequados para que a criança
possa ter uma boa ambientação; que estabeleça relações com as instituições
sociais e de saúde da região para planejar um trabalho “contínuo”; que estabeleça relações com as famílias a fim de ajudá-las e apoiá-las na educação;
e que torne flexíveis os tempos e os espaços de trabalho para que haja uma
diversificação das intervenções educativas e de reabilitação. Para a rees-
truturação pedagógico-didática, o fundamental é que a creche/pré-escola
consiga desenvolver um projeto integrado, e para isso é preciso que sejam
previstos momentos de entrosamento entre família, professores de turmas,
professores de apoio, profissionais especializados, dirigentes escolares, pes-
soal não docente e pessoal auxiliar.

Atividades Aula 20-  Transformação da prática pedagógica

1. Quais foram os temas selecionados como fundamentais na prática de um
professor de Educação Infantil?
R: A indissociabilidade do educar e do cuidar; a organização do espaço físico; a fun-
ção do professor; a compreensão do papel da família na educação das crianças
pequenas; a formação do professor e a necessidade de se ter muito mais.

2. Com relação à organização do espaço físico, quais são os pontos que preci-
sam ser ressaltados como essenciais nas propostas de Educação Infantil?

R: As diferentes formas de se pensar os espaços externos das creches/pré-escolas;
a estruturação da sala de aula (que permitam à criança escolher suas ativida-
des ou se ela quer trabalhar sozinha ou em grupo etc.); atenção e cuidado com
a decoração da sala de aula (evitar desenhos de personagens que as crianças
já conhecem); e as janelas da sala de aula (permitir que as crianças vejam o que
se passa fora da sala).